Origem da Moeda

São Paulo, São Paulo, Brazil
A história da moeda está intimamente ligada à história do dinheiro e das trocas comerciais, especialmente no que diz respeito à passagem de uma economia baseada na troca direta para outra baseada na troca indireta (também chamada de monetária). As moedas metálicas surgiram por volta de 2000 a.C., mas, como não existia um padrão e nem eram certificadas, era necessário pesá-las antes das transações e verificar a sua autenticidade. Só por volta do século VII a.C. é que se procedeu à cunhagem das moedas. Foi a partir do dracma de Atenas que se difundiu por todo o mundo a moeda metálica.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

2000 Réis de 1911

2000 Réis 1911 prata
I PADRÃO - 1° TIPO 1906 - 1912

Anverso: figura feminina representando a República; em sua cabeça, o barrete frígio (barrete da liberdade) ornamentado com louros.

Na orla, a legenda "República dos Estados Unidos do BRASIL"

Reverso: facial "2000 RÉIS"; na orla, o lema "Ordem e Progresso" e a indicação do peso da moeda em algarismos romanos.

Diâmetro: 33mm > prata 900 / 20g

As moedas trazem em algarismos romanos indicando o seu peso em prata (V, X e XX gramas). São numismas bem tradicionais da coleção do Brasil, sendo os 500 reis de 1911 e 1912 deste tipo muito escassos.

2000 réis:
1906 - 256.000 exemplares (há o rev. Invertido,o horizontal e a variante do "O" aberto em "ORDEM")
1907 - 2.683,000 exemplares (há o rev. Invertido,o horizontal e a variante do "O" aberto em "ORDEM")
1908 - 1.707,000 exemplares (há o rev. Invertido,o horizontal)
1910 - 584.500 exemplares
1911 - 1.928,500 exemplares (há o rev. invertido)
1912 - incerto

Curiosidade o Encilhamento:



O "encilhamento" foi uma grande "bolha" econômica, iniciada no governo da República, com o Marechal Deodoro da Fonseca, cujo expoente maior foi o ministro da Fazenda Rui Barbosa (um dos mais notáveis escritores brasileiros), que no estourar da crise, no fim do séc. XIX, teve que "fugir" para a França.
Com a mudança do Império para a República e os desajustes decorrentes, havia no Brasil uma falta de dinheiro circulante, pois o Império tinha a moeda lastreada no ouro.
Assim, para tentar resolver o problema, numa tentativa de financiar-se a industrialização do país, surge a política do "dinheiro barato", estimulando-se a emissão de papel moeda.
O projeto criou no país três regiões bancárias, que foram autorizadas a emitir dinheiro. A garantia dessas emissões eram Títulos da Dívida Pública (TDPs). Ocorre que o governo acabou autorizando bancos a emitir papel, e foi jogado no mercado uma quantidade de dinheiro superior à produção econômica e à necessidade do país.
A consequência principal foi uma queda brusca no valor dos TDPs e uma inflação galopante, que desvalorizou o então forte padrão mil-réis brasileiro.

AS EMISSÕES.

Assim, com a crise do início do séc. XX, devido à forte desvalorização do padrão mil-réis no Brasil, o país abandonava o velho padrão da coroa (2000 réis com 25 gramas de prata). Entrava em cena o novo padrão desvalorizado do 2000 réis com 20 (XX) gramas de prata 0,900, perdendo a moeda cerca de 1/5 de seu peso em metal precioso.

Embora menores, as moedas ainda preservaram a boa liga, e eram bem interessantes.

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